sábado, 26 de abril de 2008
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
O peso do mundo
Ela que se julgava suficientemente capaz de passar por cima de tudo, acordou um dia com o mundo desabando sobre si. Tentou se levantar, se debateu, e cada movimento foi em vão... quanto mais lutava, mais sentia aquele peso sobre seu corpo. A angústia crescia a cada segundo, um frio mórbido tomava conta do seu corpo e da sua alma e a sensação de fraqueza e derrota causavam-lhe um sentimento de ódio por si própria. Naquele momento o seu castelo encantado era desmoronado e tudo aquilo que havia sido construído por ela fora perdido como num passe de mágica, aquela mágica que um dia ela acreditou e agora se perdia pelo ar como cinzas de um corpo que já não vivia. Tristeza, arrependimento, decepção, medo... tudo se envolvia numa mística contrariedade em relação àquilo que um dia ela chamou de sonho e esperança. Ela apenas sentia desprezo pelo mundo, sentia nojo de respirar o mesmo ar que as outras pessoas respiravam, não tinha vontade de nada, não queria ao menos viver. Nada mais tinha sentido e ela se perdia naquele universo sombrio que criou para se esconder da repugnância que sentia do mundo. Ela sabia muito bem que não podia mudar o mundo, e nem o queria. Sabia também que não era o mundo todo que a queria, e embora o tivesse aceitado sempre como foi, no exato momento em que se deu conta da hipocrisia em que vivia, algo lhe fez ver que apenas aceitar as coisas como eram, não seria suficiente. Não lhe bastava viver no mesmo mundo que a maioria, era necessário ter um motivo que realmente a motivasse a seguir em frente, motivo esse que ela nunca encontrara. Motivo esse que talvez só existisse na imaginação das pessoas que não a compreendiam e não a aceitavam. E presa em sua cama, com todo o peso do mundo que caíra sobre si, ela buscava nas paredes brancas e frias do seu quarto encontrar uma razão para se levantar e sair daquela prisão que a envolvia de angústia e ilusão. Ela queria enxergar além daquilo que simplesmente via, queria sair do precipício em que se encontrava, ela queria apenas ser feliz do seu jeito e esquecer que o mundo a sua volta existia!
sábado, 19 de abril de 2008
As vezes me sinto tão sozinha...é simples assim, vem do nada essa sensação, e me toma por completo. A ideia de vazio e nada agora depois de algum tempo começa a me assustar, achei que isso era um 'estado de espirito' e logo passaria, mas não, essa sensação continua aqui dentro de mim e agora esse tão aguardado nada é solidão, meus sonhos são apenas sonhos e não mais metas, as estrelas que eu via a mais no ceu não brilham com tanta intensidade, por onde anda a minha liberdade (?) Estou presa a esse nada, a essa solidão eu não era assim... eu sempre preferi o gosto dos venenos os mais lentos(!) As bebidas mais fortes (!) Dos cafes mais amargos(!) E os delirios mais loucos. Esse nada não sou eu, ele sequer pode me pertencer...