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domingo, 3 de agosto de 2008

Não sou livre. Sou literalmente uma prisioneira. Estou presa dentro de mim. Onde não consigo sair. Onde o único juíz, sou eu mesma. Onde eu me julgo, me condeno e me penalizo. E aqui mesmo, dentro de mim, eu sempre procuro uma saída. Estou presa em um lugar escuro, em um lugar sombrio e frio. Um lugar onde bate um coração. Uma batida desesperada; batida que me assusta. Então eu grito, grito de medo. Um grito vazio e mudo. Uma voz, que acredito, ser a única a ouvir; pois ninguém nunca responde. Ninguém me dá um sinal. Se é que existe mais alguém. Me sinto sozinha aqui. Aqui em mim. Sou eu e eu.

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